Gênero Textual: Lenda
Texto de: Prof. Luiz José
Essa é uma história muito antiga que se
passou na Ilha de Maratayama, hoje
conhecida como Ilha Comprida e foi há muito tempo, antes dos colonizadores portugueses
por aqui chegarem.
Vivia ao sul dessa Ilha, uma tribo de
índios Carijós e, entre eles, um grande guerreiro de
nome Obajara.
Os Carijós
conviviam muito bem com os índios Tupiniquins, que
eram seus vizinhos e estes sempre estavam em guerra com os Tupinambás,
índios ferozes do norte.Numa dessas investidas Obajara foi aprisionado pelos Tupinambás de Bertioga. Lá, ele seria sacrificado pelos seus inimigos e também devorado num ritual. Quando estava preso ele conheceu Botira, uma jovem Tupinambá e filha do grande Pajé e feiticeiro Ypané.
Obajara e
Botira
se apaixonaram, deixaram suas diferenças tribais de lado e, com a ajuda da
amada Botira, fogem da aldeia Tupinambá em
Bertioga e seguem rumo a Maratayama.
Ypané, quando soube que Obajara e Botira haviam sumido, saiu em perseguição juntamente com vários guerreiros até chegarem às margens do Rio Candapuí, já na Ilha de Maratayama, onde ele avistou sua filha e o fugitivo Carijó.
Ypané, quando soube que Obajara e Botira haviam sumido, saiu em perseguição juntamente com vários guerreiros até chegarem às margens do Rio Candapuí, já na Ilha de Maratayama, onde ele avistou sua filha e o fugitivo Carijó.
Imaginava
ele que Botira havia sido levada à força por Obajara
e
quando o velho e poderoso Pajé ia matar seu inimigo, Botira intercede
dizendo a seu pai que amava Obajara e
que queria viver com ele. Com muita raiva e sentindo-se traído pela própria
filha, Ypané lança um feitiço no casal com a ajuda
de Anhangá,
um deus das matas e inimigo de Tupã, que transforma então
Botira em
uma garça branca e Obajara
em um peixe dourado.
Até hoje, há quem veja Botira,
procurando seu amado Obajara,
pelos rios, gamboas, canais, igarapés e lagos de Ilha Comprida. Diz a lenda que,
quando se encontrarem e se entreolharem o feitiço irá se desfazer e poderão
viver o seu grande amor para sempre.
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