a alfabetização, a letra de
fôrma é ensinada primeira do que a cursiva! É importante entender porque a
criança aprende primeiramente a letrinha de fôrma e não a cursiva e não
simplesmente ensinar só porque a maioria faz assim e dá certo! Realmente, dá
certo, mas há uma explicação do motivo pelo qual essa maneira é a melhor!
A criança
está desenvolvendo a motricidade na fase da alfabetização e a letra do tipo
bastão é mais fácil para se adequar neste momento. Os rabiscos começam a se
endireitar e formar letras.
As letras
de fôrma são ideais para esta fase, pois os caracteres são individuais e podem
ser escritos um após o outro. Os traços são resumidos a pauzinhos aglomerados
uns nos outros. Já as letras cursivas exigem uma agilidade maior, uma vez que,
além de outras finalidades, são utilizadas para tornar o registro mais rápido.
O traçado
simples das letras de fôrma dão maior liberdade no ato da escrita, ao contrário
das “letras de mão” que precisam de uma organização maior. O ato de ligar uma
letra a outra também dificulta o processo, pois anula a ação de tirar o lápis
do papel e investir as forças na próxima letra, o que ordena um esforço motor
maior.
Além disso,
antes mesmo de serem alfabetizadas, as crianças já possuem contato com as
letras de imprensa em jornais, na televisão, em livros, gibis. Elas não
conseguem ler, mas fica na memória visual das mesmas.
Logo, a
percepção da letra de fôrma é mais rápida e fácil do que da letra cursiva. No
entanto, é importante trabalhar com esta última, assim que o infante se
habituar à primeira. Não há problemas se as duas formas coexistirem por um
tempo, porque independente da letra o que deve sempre estar em foco é a
escrita. Pois mais importante do que a letra que a criança escolhe, é a
compreensão da escrita como um ato de comunicação.
Por
Sabrina Vilarinho
Graduada
em Letras - Equipe Brasil Escola
Não é de hoje que educadores norte-americanos
discutem o fim do ensino da escrita cursiva — a nossa chamada “escrita à mão”,
treinada exaustivamente nas idades mais tenras em aulas de caligrafia.
Recentemente, o estado de Indiana resolveu aboli-la de vez, privilegiando as
letras de imprensa e aulas de digitação. Não foi o primeiro: Carolina do Norte
e Geórgia compartilham a mesma filosofia.
De fato, num mundo cada vez mais conectado,
escrever à mão tem se tornado um exercício raro. No trabalho, tudo é executado
com o auxílio de computadores. Na comunicação pessoal, bilhetes e recados deram
espaço a SMS, mensagens instantâneas e redes sociais. A telefonia fixa está
decadente, enquanto a móvel agrega muito mais do que voz. O celular é o
verdadeiro PC, um personal computer de corpo e alma, já que não desgruda de
seus donos, fazendo o papel de uma janela para o mundo digital. E o que dizer
do e-mail? Prático e quase instantâneo, tornou-se o padrão da comunicação contemporânea.
Alguém aí ainda se lembra do que era escrever
uma carta? Na minha pré-adolescência, além de pertencer a grupos “pen pal”, com
amigos por todo o mundo, adorava corresponder-me com familiares, uma vez que
estes se encontravam espalhados pelo Brasil e Alemanha. Era um ritual: escolhia
com esmero os blocos de papéis de carta, comprados em papelarias dedicadas.
Sempre guardava uma amostra numa pasta para coleção, e muitas vezes, trocava
com amigas. Os envelopes sempre combinavam.
Ir para o exterior não era tão simples como
hoje, e quando uma amiga viajava, ficávamos afoitas à espera dos lindos papéis
importados. Com canetas, era a mesma coisa. Lembro-me que o must na época eram
os papéis e canetas perfumados. Parece que continuo capaz de sentir as fragrâncias!
Sentava-se à escrivaninha e dedicava-se horas
ao ofício da escrita, caprichando na caligrafia. E depois ainda tinha o ritual
de escolher selos – outro objeto de coleção, desta vez incluindo os meninos – e
despachar tudo pessoalmente numa agência dos correios.
E quando chegava uma carta, então? Que festa!
Abria com cuidado o envelope pra não estragá-lo (usar vapor de água quente era
um bom truque), pois tudo eram cuidadosamente catalogado e guardado em caixas.
Elas continuam em meus guardados.
Hoje, a correspondência eletrônica não é festa
nenhuma… Abrimos nossa caixa de entrada e já ficamos rabugentos com o volume.
Exatamente por serem práticos e velozes milhões de sem-noção nos entopem de baboseiras e propaganda. Juro que adoraria
que tivéssemos que pagar por cada e-mail
mandado, usando uma espécie de selo virtual. Tenho certeza que o spam
desapareceria.
Como entusiasta da tecnologia móvel,
compreendo que a educação de nossas crianças deve ser realista, pensando no
mundo em que vivemos e no que elas encontrarão quando adultas. Perder tempo
desenhando letras parece um absurdo enquanto há tantas novas habilidades
necessárias. Contudo, creio que os pedagogos esqueceram que a escrita cursiva é
muito mais que uma forma de comunicação e registro. É um exercício cerebral.
Escrever à mão trabalha com nossa coordenação
motora fina. Exercita regiões cerebrais que ficaram esquecidas nesta era dos
teclados. Por causa da minha especialidade (atendo idosos em clínicas e casas
de repouso) participo de muitos simpósios de gerontologia; os estudiosos são
unânimes em afirmar que leitura de qualidade e atividades manuais inibem quase
todos os tipos de demência na fase senil. Em suma, o cérebro precisa ser
constantemente “desafiado”. Marcenaria, pintura, artesanato, bordado, tricô,
crochê… curiosamente, atividades cada vez mais negligenciadas. Vamos abandonar
a escrita também? Eu, pelo menos, não.
Atualmente uso “Moleskines” – os badalados cadernos “acid-free”, cujas folhas durarão por décadas e até séculos. Pena
que na minha época de rabiscadora compulsiva era praticamente impossível
conseguir um, por causa das políticas de reserva de mercado. Guardo meus
cadernos até hoje, lamentando suas folhas amareladas e frágeis, a um passo de
se desmanchar. Quando quero manter meus registros escritos à mão também em meio
digital, recorro à “Livescribe”, a
melhor conjunção entre tinta, papel e bytes.
Continuarei o exercício de escrever, desenhar
e fazer mapas-mentais até o fim dos meus dias. Depois de esvaziar a penosa
caixa de “e-mails”, sempre encerro o dia entre meus cadernos e canetas
coloridas. Usaria minhas canetas perfumadas, que trato como relíquias, se não
tivessem secado.
Por Bia Kunze
In https://tecnoblog.net/71019/o-triste-fim-da-escrita-cursiva/
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quinta-feira, 30 de maio de 2019
O TRISTE FIM DA LETRA CURSIVA?
sexta-feira, 3 de maio de 2019
A EDUCAÇÃO COMEÇA EM CASA
A convivência familiar é a maior oportunidade para a criança apreender uma formação baseada nos princípios morais e nas virtudes.
Quando a família tem bons princípios de educação, usando
em seu cotidiano formas educadas de lidar uns com os outros, falando num tom de
voz tranquilo e baixo, usando as palavras que traduzem educação e delicadeza,
como dar bom-dia e boa-noite, pedir por favor, agradecer com um muito obrigada,
pedindo licença, dentre várias outras, a criança absorve esses conceitos e os
leva por toda a vida.
Porém, o que vemos são famílias que
deseducam, achando que os meninos não podem aprender boas maneiras, pois isso
comprometerá a sua masculinidade.
Quem não gosta de um homem fino, bem-educado,
que abre a porta do carro para sua namorada ou esposa, que tem a delicadeza de
presentear-lhe com rosas, puxar a cadeira para ela se sentar? O famoso
“gentleman”, tão raro hoje em dia, que na sua masculinidade consegue permanecer
com conceitos que não o comprometem nesse sentido, tornando-o o homem mais
desejado. Mas para que isso aconteça, é necessário que a criança tenha
aprendido a conviver com esses exemplos e conceitos desde muito pequena.
Em algumas famílias é normal que se usem
palavrões como forma de se tratar, pais chamam filhos de burro, porco, mas é
bom lembrá-los que filho de porco só pode ser porquinho, que filho de burro
também é burrinho e que não somos animais para recebermos tratamento como se o
fôssemos, de forma grosseira e pejorativa.
Outra coisa que compromete muito a educação
da criança é quando ela não recebe informações adequadas de higiene, como
limpar o nariz no banheiro, assuando o mesmo e lavando as mãos com água e
sabão, e não tirando as secreções por todos os cantos da casa ou mesmo na rua,
na frente de outras pessoas.
Comum também é ver a família rindo, se
divertindo quando a criança está com flatos, soltando seus gases em qualquer
lugar, na frente de qualquer um. É claro que a criança muito pequena demora
certo tempo para conseguir controlá-los, mas por volta dos dois anos, quando já
consegue fazer o controle dos esfíncteres, esse domínio pode ser aprendido
também, se esse for o exemplo dado pela família. No caso dos arrotos, o bebê
deve praticá-lo sim, para não ter perigo de engasgar com os refluxos, mas, aos
poucos, à medida que cresce, deve deixar o hábito também.
Uma criança pequena consegue
cortar adequadamente o alimento
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Quanto à alimentação, desde pequenas as
crianças conseguem absorver os conceitos de boa etiqueta e, mesmo dentro de
suas limitações ligadas ao desenvolvimento da coordenação motora, são capazes
de mostrar algumas aprendizagens nesse sentido, como segurar a colher e levar
sozinha o alimento à boca, aprendem a cortar corretamente os alimentos e, aos
poucos, isso vai fazendo parte de sua rotina, tornando-se bem fácil.
É bom lembrar que aquilo que se aprende na
infância fica por toda a vida e o que não se aprende quando pequeno fica muito
mais difícil de ser aprendido depois. Um erro comum dos pais é permitir que
crianças façam tudo o que querem e, quando vão crescendo, chegando por volta
dos sete/oito anos, estes iniciam uma cobrança repentina, chegando a bater nos
filhos para corrigi-los. Se tivessem ensinado boas maneiras desde bem
pequeninos isso não aconteceria, não precisariam chegar a tal extremo.
Então, eduquem seus filhos ensinando-lhes as
regras básicas de educação, de boas maneiras e de boa convivência, pois a vida
exige esses conceitos e quem não os tem encontra maiores dificuldades no meio
social.
Texto de Jussara de Barros - Graduada em
Pedagogia - Equipe Brasil Escola
In Portal Brasil Escola <https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/dizer-nao.htm>
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